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Lei do Combustível do Futuro gera debates no setor de transportes

O perações logísticas e industriais que utilizam combustíveis fósseis deverão reduzir a emissão de gases do efeito estufa em no mínimo 1% ao ano

Autor: Rodrigo BernardinoFonte: Gasola

Sancionada em outubro de 2024, a Lei do Combustível do Futuro estabeleceu a elevação anual do percentual de biodiesel presente no diesel. A adequação destes percentuais será promovida com a coordenação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que avaliará periodicamente a viabilidade desta implementação, com o objetivo de atingir 20% de biodiesel no óleo diesel em 2030. Desta forma, operações logísticas e industriais que utilizam combustíveis fósseis deverão reduzir a emissão de gases do efeito estufa em no mínimo 1% ao ano.

Essas alterações, porém, trouxeram debates importantes para os setores de transporte e logística, principalmente quando o assunto é o custo. Como explica Vitor Sabag, especialista em combustíveis do Gasola – empresa de solução multifuncional que automatiza a gestão de abastecimento –, atualmente, o biodiesel custa cerca de 30% a mais que o diesel A fornecido pela Petrobras. “O aumento gradual do percentual de biodiesel na mistura tem potencial de elevar o custo do combustível final para os consumidores”, comenta.

Segundo Sabag, o uso ampliado de biodiesel em motores de caminhões e equipamentos agrícolas possui desafios técnicos. A qualidade atual do combustível tem gerado inúmeros debates dentro do setor por causar a formação de borras nos motores, algo que reduz a vida útil do veículo e aumenta os custos de manutenção da máquina que são repassados no preço do serviço.

“É fundamental que os órgãos competentes considerem cuidadosamente aspectos importantes na implementação das medidas. O uso do biodiesel apresenta desafios que devem ser levados em consideração, como despesas de manutenção e redução de eficiência dos veículos. É necessário equilíbrio entre sustentabilidade e viabilidade econômica, garantindo que as metas ambientais não gerem prejuízos desproporcionais ao setor de transporte e à economia como um todo”, completa Sabag.

Apesar das dificuldades operacionais, o Gasola enxerga a Lei do Combustível do Futuro como algo positivo. “Práticas sustentáveis são o futuro. Se não cuidarmos do planeta agora, pagaremos a conta em breve. E na luta contra a emissão de gases poluentes, disponibilizamos, dentro da nossa plataforma, ferramentas que auxiliam o gestor a medir o impacto ambiental da sua frota com métricas de emissão de CO2. Já a lei, por si só, é um passo muito importante e estamos acompanhando passo a passo na esperança de que o governo possa adequar suas normas com a realidade do país e realizar avanços progressivos nas medidas cabíveis”, conclui.

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