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Artigos Contábeis

Tenho lido vários artigos que reportam sobre qualidade, futuro ou até extinção da Contabilidade em detrimento do atual cenário contábil-fiscal com novas situações tais como: ampliação na lista de produtos sujeitos à cobrança de Icms por sistema de substituição tributária em número cada vez maior por parte dos Estados; implantação da utilização nota fiscal eletrônica, Speed Fiscal e Contábil; alterações na Contabilidade em geral alusivas a Lei nº 11.638/2007 etc. Diante destas novidades que, aliás, algumas delas já se fazem presentes no dia-a-dia dos contabilistas (principalmente nas rotinas do escritório de contabilidade) que é o foco deste artigo. Nas minhas cotidianas leituras, observo uma preocupação no tocante ao aumento ou diminuição dos serviços executados pelos escritórios, alguns relatam que o fluxo de informações que serão enviadas ao fisco terá um vulto maior, exigindo talvez uma demanda por parte depto. fiscal com contratação de mais funcionários. Outros colegas mencionam até a extinção da Contabilidade, já que praticamente muitos serviços serão efetuados de forma eletrônica como se fosse cadastro de informações econômico-fiscais para o Governo. Analisando estas duas vertentes, entendo que muito pelo contrário a respeito de possível extinção da Contabilidade ou redução dos serviços realizados pelos escritórios, haverá sim acréscimo de trabalho, pois cada vez mais o fisco exige precisão, refinamento nas declarações enviadas e assim mesmo o será de forma eletrônica, principalmente na Contabilidade, evidentemente tudo isto para que seu cliente esteja satisfeito com seu desempenho. Com esta realidade presente e futura nos rumos de nossos árduos trabalhos exigirão do proprietário de escritório mais do que conhecimento técnico (indispensável) uma visão empresarial, verdadeiro Gestor no sentido de visualizar estas novas trajetórias. Atuo alguns anos em escritório de contabilidade e podemos diagnosticar os seguintes pontos a qual os diretores (escritórios contábeis) poderão pensar e refletir: 1-Contratação de profissional qualificado, substituindo aquela visão de \"pagar barato\", pois depois damos um jeito nos serviços; 2-Capacitar e treinar o quadro de funcionários, podendo também internamente promover debates e discussões entre os setores; 3-Identificar software que integra as áreas de contabilidade-fiscal-folha-patrimônio-honorários etc em vez de locar um para cada área, dificultando as importações refletindo diretamente na agilidade dos serviços; 4-Reuniões periódicas internamente no escritório visando o delineamento de metas e planejamento, sendo que presenciei em várias oportunidades falta de sintonia entre as áreas, causando problemas em atendimento do cliente; Enaltecer através de relatórios, demonstrações o papel do escritório para seu cliente, refutando sua importância e se possível agendar visita do mesmo para conhecer todas as rotinas (em todas as áreas) de forma detalhada, para que \"ele\" não pense que ao enviar número \"x\" de notas não vai ter trabalho nenhum; 6-Efetuar periodicamente visitas ao cliente no sentido de verificar suas necessidades, bem como, pesquisar o desempenho dos departamentos envolvidos no atendimento; 7-Lembrar sempre que seu cliente é seu principal foco, de que quando o cliente reclamar, não é \"ele\" que é chato, intragável, e sim junto com a equipe refletir e apurar as causas e tomar as devidas providências para melhorar a qualidade na prestação dos serviços.´ Claro e evidente que para lograr êxito neste breves pontos que destaquei, que o valor dos honorários devem ser justos (para ambos os lados: contabilista e cliente), mesmo sabendo que este assunto (honorários) vem sendo discutido por um bom tempo pelas classes representativas e que ainda não se chegou a um consenso, por isso, que invoquei no preâmbulo deste artigo a visão de \"gestor\" será fundamental para vencer este desafio que nos espera. Em suma, espero que este texto contribua para troca de idéias e debates entre os nobres colegas de nossa estimada e conceituada profissão a qual me orgulho de fazer parte. Aguinaldo Cuenca de Oliveira Bacharel em Ciências Contábeis pela Cesumar-Centro Ensino Superior de Maringá - Pós-Graduado em Controladoria e Contabilidade pela UEM-Universidade Estadual de Maringá. Atualmente gerencio departamento contábil e fiscal em Escritório de Contabilidade na cidade de Curitiba-PR.
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